Foram dias e dias fazendo todos aqueles desenhos e escrevendo tudo aquilo. Foram jogos para ver de longe, enquanto eu queria estar perto, foram fatos e fatos acontecendo e eu apenas olhando. Olhando e esperando. Eu queria mais que tudo, desde 2009 te conhecer, mas sempre por coisa ou outra não acontecia.
Como eu esperei, quanta vontade eu tinha de gritar, mesmo que tu não escutasse. Mas, toda essa espera valeu muito à pena.
De repente você estava dentro do campo sorrindo quando eu te chamei, dizendo um “Olá Eduarda!”. De repente o jogo acaba, e a hora mais esperada em dois anos, chega. De repente eu estou do lado do vestiário, na boca de entrada do campo, esperando você chegar. Meu coração dispara, minhas mãos tremem, mas eu apenas sorrio. Cada vez que alguém abria aquela porta, parecia que meu coração iria sair pela boca.
E então, finalmente, você está ali, em minha frente. De abraços abertos, esperando eu te abraçar. A essa hora, minhas lágrimas engasgaram e eu só conseguia sorrir e te dizer obrigada.
Quantas fotos, quanta coisa eu te falei, e você com uma simpatia extrema escutava e contava o que eu te pedia. Depois do abraço, um autógrafo lindo na camiseta recém ganha do Coritiba.
Chegou a hora dos presentes, tiro da bolsa e começo a folhear o livro “Uma história chamada Tcheco”, eu não tinha mais vergonha, havia esquecido que a minha volta tinha desde o presidente do Coritiba, como a jornalistas e alguns torcedores. Para mim era apenas eu e você, não me importava o que estava acontecendo a minha volta, desde que tu estava olhando para mim, eu continuava falando.
O que eu tanto sempre quis te dizer eu dizia, não havia mais medo, o Super Tchecoman estava lá e nada que não fosse bom entraria nesse momento inesquesível.
Pego o resto dos presentes, o gibi, o Tchecos em forma de heróis, as obras de arte, o CD. E o Tcheco, recebia com a maior alegria, sorrindo e me falando de suas histórias. Por fim, o tão famoso desenho do Tcheco de 1,20m de altura, sai da estante do meu quarto e corre para as mãos do Capitão, que se encanta e diz:
“Que lindo! Vou fazer um quadro dele, posso?”
Eu apenas respondo “Claro!”. No desenho uma frase estava escrita, talvez a que mais realmente representa o que o Tcheco é para mim. Na hora leio em foz alta para ele, e quando me dou conta todos barulhos cessam e eu só escuto minha voz dizendo:
“Tcheco, você me fez vibrar com seus gols, me fez sorrir com seu sorriso, me fez chorar com sua emoção. Tcheco você se fez um ídolo dentro de mim, um ídolo de saudade que será guardado eternamente no meu coração Tricolor”
Um pausa, o Tcheco me puxa do lado e diz:”Como eu saia que você vinha eu pedi pro pessoal do Grêmio mandar uma camiseta do Grêmio pra ti, vou lá buscar tá?”
Eu fiquei completamente sem palavras, porque, apenas por ele lembrar o meu nome já era algo incrível, mas ter se lembrado dos e-mails que eu enviei, e de tudo que eu pedi a ti pelo computador. Nossa, Tcheco, você me surpreendeu muito.
Agora, chega você com a camisa nos braços, um “Tcheco” estampado nas costas e assina essa camiseta também. Vou contar como foi, porque foi maravilhoso ver você escrevendo:
“Um beijo, com carinho, para “Budi”, do seu amigo, Tcheco, 16/02/11”. Uma frase e três perguntas: Posso por Budi?. Vou por “do seu amigo” tá?. Só coloco a data pra as pessoas que eu gosto.
Mais um beijo, dois abraços, algumas fotos e todo meu agradecimento a quem estava a centenas de quilômetros de mim e agora estava sorrindo em minha frente.
Tenho muito a dizer, mas o agradecimento que levo a você, Capitão, é maior que tudo. Agora, além de ser tua fã, eu tenho uma admiração gigantesca por ti, pela pessoa que tu és. E não venham me dizer que jogador de futebol é tudo igual, que NÃO é. O Tcheco é diferente, simpatia máxima, um carinho enorme, uma educação e uma grande humildade, de agradecer ainda pelo carinho, quando quem deveria estar falando isso era eu.
Quando vi pela primeira vez do site do Coxa que eram eles que jogariam a Copa do Brasil contra o Ypiranga aqui em Erechim, já percebi que muitas emoções estariam por vir. Realmente algo maior fez isso acontecer, de tanto eu pedir a Deus para conhecer o Tcheco, Ele tirou da manga uma carta que eu tinha esquecido que existia. Eram 64 times participando, era 63 opsões diferentes e logo o Coritiba, o Coxa do Capitão Tcheco. Estava escrito que uma hora a gente iria se encontrar. Para retratar isso, deixo uma frase do Charlie Chaplin que eu também li ao Tcheco e que encerrava o livro que dei a ele.
“Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra! Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha e não nos deixa só porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso”
Antes de encerrar, tenho que além de agradecer ao Tcheco, agradecer ao Luis Felipe, superintendente de futebol do Coritiba por toda atenção, pela paciência, pela simpatia e pela camiseta do Coritiba.
Agradeço também a minha mãe, que a todo o momento estava junto, tirando as fotos, fazendo o papel “mãe coruja” em meio a toda aquela emoção.
Agradeço também a meu pai, por escutar os pedidos de “Me levar conhecer o Tcheco” e todos elogios que eu não cansava de dar a esse Eterno Capitão. Por último, obrigada a direção Coxa Branca por não ter em nenhum momento ter dito “Não”, na minha busca de conhecer o Tcheco e aos consulados do Coritiba que foram muito atenciosos ao receberam e responderam meus e-mails.
Bem, depois desse tempo todo esperando, só posso dizer que valeu tudo a pena. Não me arrependo de nada, no meu coração eu levo a saudade desse momento que não pode durar para sempre, mas durou o tempo necessário para ser ÍNESQUESÍVEL . O tempo pode passar, as lágrimas podem virar poeira, os sorrisos podem se transformar em tristeza, o dinheiro acaba, a fama passa, mas o que eu vou levar no coração desse 16 de Fevereiro de 2011, nada no mundo pode mudar, ninguém pode chegar aonde o coração de fã chega. Chorar para tirar tua tristeza,vibrar com tuas conquistas, gritar para chegar a teus ouvidos, apenas fãs entende o que isso significa, a ciência pode tentar não irá conseguir explicar de onde vem tamanha dedicação a alguém que não nos conhece. Agora posso me dizer uma fã reconhecida e muito feliz, ao Tcheco, eu deixo uma mensagem que ficou mais clara ainda depois desse dia; depois da tua atenção para mim, não tem dinheiro que compra isso, por isso que eu digo, que ídolo deve ser dentro e fora do campo, hoje eu não acho mais palavras para descrever a tua pessoa, se antes eu tinha orgulho de dizer que tu era meu ídolo, hoje eu falo mais, Tcheco, o melhor ídolo para ter.
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