Grêmio x Coritiba, Coritiba x Grêmio, o placar acabou o mesmo, só mudou de lado, no primeiro confronto deu Grêmio, ontem deu Coxa. Até nisso eles combinam. Posso dizer quer esse foi um confronto duro, carregado de emoções, como fazia tempo que não acontecia.
Já era a segunda vez que o Tcheco enfrentava o Grêmio como titular do time adversário, mas parecia que tinha sido a primeira, parecia que aquilo não estava acontecendo. Hoje foi abrir espaço para um post virado em sentimento, pois foi tudo isso que aconteceu, não sei, mas eu senti algo diferente nesse jogo. Eu nunca tinha sentido isso, pelo menos não nessa intensidade.
O placar não quer me dizer muito, não vou mentir, mas eu torcia para o Grêmio, contudo quando o Tcheco pegava na bola eu não conseguia dizer: Tirem a bola dele! Definitivamente meu coração estava dividido. Mais que isso ele tinha saudades, uma saudades diferente... Até então o Grêmio fazia meu coração explodir de paixão de um lado, e ao mesmo tempo ele acelerava ao máximo e dava pulos quando eu acompanhava o Tcheco, parecia tudo tão longe um do outro, era fácil e gratificante conciliar os dois lados, cada um com sua essência.
Mas ontem, aquilo que parecia longe, ficou tão perto, era impossível não falar em um sem mencionar o outro, os dois lados tinham se aproximando novamente, só que dessa vez estavam frente a frente. Quando o jogo começou eu só sentia saudades, o que eu mais queria era o Tcheco de volta no Grêmio, eu nunca mais tinha sentido isso nessa intensidade, eu já tinha me acostumando com isso, tinha aprendido a sentir carinho pelo outro lado, pelo novo time do Capitão. Só que ontem, eu queria as duas paixões andando lado a lado de novo, não só pelos belos momentos dele dentro da partida que foram decisivos nos dois gols, mas pela presença do Tcheco. Por aquela vivacidade em campo, aquela entrega,pela maneira dele puxar a fila dos Azuis, Pretos e Brancos na entrada de campo.
Desde o dia em que essas duas paixões deixaram de andar lado a lado, eu aprendi a ter carinho com o novo ambiente em que o Tcheco vivia, principalmente no Coxa, o estádio já era familiar, a torcida, os outro jogadores, era tudo tão próximo, eu acompanhava as duas realidades e parecia que elas nunca iriam se enfrentar. Ontem, só me dei conta que era uma contra a outra quando as imagens mostraram o Capitão indo abraçar os jogadores e a comissão técnica do Grêmio antes da partida e logo depois quando os dois Capitães de cada equipe trocaram as flâmulas e bateram uma foto. Nisso vi que ontem eu não iria vibrar com as jogadas do Tcheco, pior ainda eu ver um lado sair desolado enquanto o outro fazia festa, na verdade eu queria a felicidade dos dois, queria poder vibrar com os dois lados juntos, não cara a cara.
Durante o jogo eu senti uma saudade imensa de comemorar os gols do Tcheco pelo Grêmio, de vibrar com as suas jogadas, ler entrevistas, acompanhar a torcida gritando: “Dalhe Tcheco Copero!”. Já irá fazer dois anos que ele não defende mais o Tricolor, o tempo passou tão rápido que tudo ainda continua junto dentro do meu coração, a saudade andava consolada com o sucesso pelo Coritiba, mas ela voltou como no momento em que ele disse que não permaneceria no Grêmio na temporada seguinte. Mas isso só ratifica meu orgulho de admirar tanto esses dois lados, não me arrependo de nada, afinal, são emoções da vida.
Volto a dizer que quando eu penso que já senti de tudo, aparecem essas misturas de emoções e sentimentos que fazem passar um filme pela minha cabeça. Nesse jogo eu vi o quando as essas duas paixões, Grêmio e Tcheco, são importantes para mim. Cada uma com suas peculiaridades e fatos. Espero que elas possam estar juntas um dia novamente, mas enquanto isso não acontece, eu volto a viver e ceder um grande espaço no meu coração para as duas realidades. Pois cada uma tem um jeito de me deixar feliz e me mostrar que na vida “tudo vale à pena se a alma não é pequena”.
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