sábado, 15 de dezembro de 2012

Um fã, um sonho e muita emoção

Quanto vale a realização de um sonho? O quanto isso representa para quem tanto desejou fazê-lo? Palavras podem tentar, mas dificilmente definirão ao certo o que se passa no coração de quem viu aquele desejo acontecendo diante de seus olhos. O que dizer sobre o fã que desde pequeno cresce ouvindo história daquele que certo dia irá se tornar seu, ídolo, esse mesmo que lhe toma prazerosos momentos acompanhando sua carreira e vibrando com ela. O ídolo que lhe ensina coisas, mesmo sem querer traça caminhos em sua vida jamais imagináveis e te faz acreditar que teus sonhos podem ser verdade, basta querer. Essas palavras poderiam estar se referindo a mim ou a qualquer outro fã, mas escrevo-as em especial a um deles, a um fã que assim como eu tem sua admiração pelo Tcheco, Guilherme, 18 anos, torcedor Coxa Branca, realizou o sonho de conhecer o Tcheco. Mais uma história de pura emoção.
Em 2003, aos oito anos o pequeno Guilherme viu pela primeira vez em seu Coritiba, um certo camisa 7, não muito conhecido mas que aos pouco foi mostrando porque estava ali. O interesse do garoto pelo futebol foi crescendo quando veio o título invicto do Paranaense e a classificação a Libertadores. A “maquina de 2003” como ele define o primeiro time que viu jogar tinha o destaque do Tcheco, os lançamentos certeiros, e aquele que “era sempre o melhor em campo”, virou ídolo do time e começou a traçar marcas no menino que hoje crescido não deixa de dizer: - O Tcheco representa simplesmente meu exemplo de conduta, através de ideais e atitudes, nunca gostei de outro jogador tanto quanto eu gosto dele.
Ter uma camiseta que levasse o número 7 era a obseção, chegou até a trabalhar para juntar dinheiro e comprá-la. Correr as bancas para guardar jornais de esportes que falavam do ídolo também era rotina, recordações do passado que são guardadas até hoje com muito carinho. Entretanto quis o destino se intrometer na frente. Após receber a notícia da mãe que o ídolo iria embora as lágrimas tomaram conta de Guilherme, e do Tcheco também ao se despedir do time que o havia revelado e partir para terras longínquas da Arábia. Com o passar dos anos o Tcheco volta ao Brasil, dessa vez para defender o Grêmio, com isso uma nova simpatia de Guilherme com o time gaúcho começa a nascer, afinal a idolatria Coxa Branca por ele teve que ceder espaço para a idolatria gremista por seu mais novo camisa 10. Inclusive a admiração pelo Tcheco trouxe uma maior aproximação com o avô gremista.
Chegando pelo meio do ano de 2010, a alegria novamente tomou conta de Guilherme ao saber que seu ídolo retornaria ao Coritiba, o antigo camisa 7 que havia ganho sua admiração voltava para casa. Ali renascia um desejo jamais esquecido de conhecer ao vivo seu ídolo. Mesmo participando de eventos do clube, indo ao interior para ver o Tcheco jogar ou indo a jogos com frequência desde pequeno, alguns deles históricos como a partida que homenageou o Capitão e selou sua aposentadoria ou a partida que os classificou para a Libertadores, o Guilherme ainda não tinha tido a graça de estar frente a frente com o ele. Todavia esse dia que demorou a chegar, chegou. Domingo passado, dia 9, aconteceria a terceira edição do torneio Gols pela Vida que tem por objetivo ajudar o Hospital Pequeno Príncipe. O Tcheco é um dos padrinhos do projeto e ia fazer parte do Jogo das Estrelas disputado no Couto Pereira. Seria a chance perfeita para o Guilherme enfim realizar seu sonho. Contudo o evento seria fechado para o público, só era possível estar presente mediante apresentação da pulseirinha, como forma de convite fornecido pelos patrocinadores.
A essa etapa eu já tinha feito amizade com o Guilherme, conhecido sua história, já tinha sentido que a importância que o Tcheco tinha pra ele era mesma que a minha, inclusive até tinha sido presenteada com uma bela camiseta do Coritiba estampando o nome do ídolo em comum as costas. Decidi agir, entrei em contato com a organização do evento e para minha surpresa tive uma resposta maravilhosa, gentilmente garantiram ao Guilherme a pulseirinha para ver o jogo e a certeza que o levariam conhecer o Tcheco. A minha realização estava feita, fui simultaneamente tomada por uma onde de alegria. Sei da importância que tem tu conhecer o ídolo que tanto admira, ainda mais se a espera é grande. Ao ler a resposta do pessoal me veio o dia que isso aconteceu comigo, quando também tive a ajuda para conhecê-lo, são pessoas até então desconhecidas mas que a partir da li você passa a guardá-las com carinho no coração. Era o Guilherme que iria conhecer o Tcheco, mas a alegria com toda a certeza era grande parte minha. O dia tão esperado chegou, depois de quase 10 anos de espera o sonho iria se realizar. Sentado nas cadeiras do Couto que Guilherme viu o Tcheco emergindo no campo ao mesmo que tempo que recebia um recado da organização para descer e ir ao encontro do ídolo. Recebido com um carinhoso: “Eai Gui!”, veio o abraço, o autógrafo na camiseta que trazia o nome do Tcheco e as fotos. Preciosos momentos se passavam como a conversa que fluía: - Falamos mil coisas,eu falei que nunca havia gostado de ninguém como jogador como eu gosto dele e falei do Paranavaí ,da decisão de 2003,de como eu comecei a torcer pro Coxa por conta dele Depois de horas de trabalho em um vídeo mostrando os melhores momentos da carreira do Capitão, ele pode chegar as suas mãos e foi recebido com entusiasmo pelo que Tcheco brincando ameaçou cancelar a participação no jogo porque estava ansioso para assistir o que continha no presente.
Até ali a emoção já estava grande, ganhou até mais alguns momentos para conversar com Tcheco quando este foi substituído. Mas o dia reservava ainda mais, a espera de tantos anos ia valer ainda mais a pena. O Capitão voltou a jogar e no fim da partida, quando os torcedores se amontoavam próximo ao campo para acenar para o ex jogador, ele veio até o Guilherme, agradeceu pelo vídeo, garantiu que iria assistir, tirou a camiseta do evento que usava e entregou nas mãos do fã que custava acreditar que aquilo era mesmo verdade. Coincidência ou não, a camiseta trazia o número 7 as costas, o numero com que o Tcheco ficou marcado para o Guilherme, o mesmo numero que estava na sua camiseta do autógrafo. Quem sabe, quis o destino colocá-la ali especialmente para ele.
O dia já terminou, mas com toda a certeza as lembranças permanecem viva, são momentos que ninguém vai tirar dele, não tem dinheiro que compra, tragédia que destrua, a persistência e a dedicação ao ídolo valeu a pena, muito a pena ainda mais para conhecer uma personalidade tão especial como é o Tcheco: -Foi um dos melhores dias da minha vida, a gente nunca sabe aonde a vida vai nos levar! Eu o achei simplesmente incrível, desde a hora que passei pelo portão que dava acesso ao gramado ate quando dei um abraço nele e disse o quanto ele representa pra mim São momentos e sensações que parecem simples, contudo é impossivel medir o quanto elas significam, uma palavra, um gesto, um sorriso, tudo tão especial. O que foi vivido não se apaga mais, aqui uma frase clichê mas é impossível não mencioná-la, foram momentos que não duraram para sempre mas duraram o tempo necessário para serem inesquecíveis. O Guilheme se sentiu assim e foi como eu me senti. O Tcheco é uma pessoa fantástica, com um grande coração, difiicl um ídolo como ele, mescla o profissional empenhado com uma personalidade extremamente carismática. Fica meu agradecimento a ele, pela forma como tratou o Guilherme, pela atenção que deu a ele e por mostrar novamente que ele é o melhor ídolo que um fã pode ter.
Gostaria de agradecer também ao pessoal do Gols pela Vida por terem atendido meu pedido, recebido o Guilherme de braços abertos e feito parte dessa história tão bonita. Também parabenizá-los juntamente com o Tcheco por estarem envolvidos nessas causas sociais, realmente o Mundo precisa mais de pessoas e gestos assim. Eu fico muito grata de poder ter ajudado, foi uma honra pra mim, uma sensação única. É muito bom saber que o Tcheco além ser uma pessoa que admiro coloca mesmo sem querer amigos novos na minha vida. Que pela frente caminhos incriveis ainda estejam por vir, a final se trando deTcheco só se pode esperar coisas boas e inesquecíveis.
Abaixo está o vídeo entregue pelo Guilherme ao Tcheco, ele faz uma retomada de toda carreira do Tcheco, com gols desde a época do futsal, até os mais recentes e marcantes. O curta da vida do Capitão está divido em três partes, não percam a chance de assistir e se emocionar.
PARTE 1
 
PARTE 2
 
PARTE 3

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Tcheco marca presença e recebe homenagem na inauguração da Arena

Inaugurada a nova casa Gremista, o novo templo que irá abrigar sua torcida e seu time agora em diante. Na festa misturando música, jogo e muita emoção não poderiam faltar seus ídolos, os ídolos que fizeram sua história no Olímpico e agora vieram dar sua boa sorte a Arena. Claro, entre esses ídolos estava o Tcheco.
O Capitão fez parte da última parte do show de abertura, o resgate histórico, primeiramente 48 bandeiras do Grêmio foram apresentadas, em seguida gols e conquistas eram passadas no telão. Terminado isso a torcida pode ovacionar os 12 ídolos que entravam um a um no gramado, conduzidos por crianças vestidas como mosqueteiras, em referência ao mascote gremista. Todos iguais, de calça branca e camiseta azul celeste foram até o meio do campo onde saudaram a torcida. A Arena não irá vê-los brilhar por esse gramado, as histórias de cada um deles refletiram do Olímpico até lá e por isso puderam ter seu merecido momento de ídolos do Monumental na Arena.
Ao lado do Tcheco, ídolos como Danrlei, Arce, Anchieta, Baidek, Roger, Emerson, Carlos Miguel, Tarciso, Jardel, De León e Milton Kuelle (único jogador que esteve nas três casas do clube, a Baixada, o Olímpico e a Arena) entraram em cena para completar a homenagem ao passado vitorioso.
Mais uma vez a emoção tomou conta ao ver o Tcheco emergindo do túnel novo em folha da nossa nova casa, sendo ovacionado e marcando sua presença em um evento tão inesquecível como esse. O Grêmio realmente é muito importante pra ele, sua história se passou aqui. Se a Arena não sentirá sua vibração em campo tenho certeza que na arquibancada ela sentirá a força do Capitão. Sua comemoração característica que também está exposta no painel que dá acesso ao campo, o jeito vibrante e carregado de emoção com que o Tcheco segurava a camiseta do Grêmio, uma vez lá, jamais sairá, as gerações seguintes poderão ouvir história daquele jogador incrível que fez parte do nosso passado.
Novamente o Capitão fez questão de levar o Leonardo para acompanhar tudo, para nós admiradores de seu trabalho já arrepia vê-lo vendo ali, para ele algumas palavras definem esse momento: -Foi uma honra e muito emocionante!
Dessa vez o evento todo foi fantástico, o show de se derramar lágrimas e o jogo contra o Hamburgo, mesmo adversário da conquista do Mundial em 1983, teve uma reedição, novamente o placar de 2x1 para o Grêmio fez o torcedor voltar realizado para casa, não pode faltar um toque de imortalidade na partida para que a Arena desde já não perdesse a esperança em seus novos frequentadores. Que nos anos que se sigam muitas conquistas possam ser vistas aqui dentro, que o Tcheco também possa ser visto muitas vezes torcendo por nós e que a dedicação, o amor pela camisa e o orgulho desses ex jogadores possam ser transferidos para lá. Começa agora a era da Arena mais moderna da América Latina, onde muita história está para nascer e de onde quem nos deu tanta alegria como o Tcheco poderá dizer: eu já estive lá!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Adeus do Tcheco ao Olímpico

A emoção da semana inteira culminou num domingo de Grenal, mais que isso, um domingo de despedidas, pela última vez o Estádio Olímpico Monumental veria a bola rolando no gramado e a torcida com o coração já apertado cantando na arquibancada. E nessas homenagens todas dedicadas ao Estádio não poderia faltar o Tcheco, que por alguns anos aliou sua história a história do Olímpico.
Não era só a torcida que queria dizer adeus, os ex-jogadores também vieram, a convite do próprio Grêmio, prestar seus tributos a aquele que por tempo os abrigou. Os Heróis do Olímpico, se não fosse pela dedicação deles e o amor deles pela nossa camisa o presente de hoje seria incerto. Foi com o orgulho que vi o Tcheco emergindo do túnel, vestindo novamente a nossa camiseta, saudando a torcida e sendo saudado. Ao lado, ele trazia o filho Leonardo, que por vezes acompanhava o pai nos treinos e nos jogo. Em meio a tantos outros craques, o Capitão deu sua última volta olímpica, num Olímpico que agora vai virar lembrança, no peito do Léo, sobre sua camiseta do Grêmio, brilhava a medalha ganha pelo pai como forma de retribuição do time que ele honrava defender. Ver o Tcheco ali, junto com cada pedacinho da história do Grêmio e fazendo parte desse último capitulo do nosso estádio me deixa muito feliz e orgulhosa, da pra ver como o Capitão da valor ao time que ele defendia, mesmo depois de deixar o clube ele continua atento ao que está acontecendo e fez questão de vir. O papel de ex-jogador nessas horas se mescla com o de torcedor, isso é o diferencial para chamá-lo de ídolo, o amor que ele tem pela camiseta do Grêmio é o mesmo que a gente, torcedor, tem.
A emoção era muito forte, saber que 58 anos de tudo que foi conquistado ali agora deixará de existir no concreto, para ser a lembrança de cada um do Monumental. Com certeza o que o Tcheco vai lembrar-se dele serão aqueles momentos que a avalanche vinha abaixo enquanto ele comemorava seu gol numa explosão de emoções, não esquecerá também vozes a todo pulmão entoando: Dalhe Tcheco Copeiro, quanto pela última vez ele calçava as chuteiras e defendia nossas cores. Quando se falar de Tcheco e Olímpico, a imagem que guardarei pra sempre dele, é um Tcheco comemorando de pé sobre uma bancada em frente à torcida, de abraços abertos na mesma sintonia das arquibancadas. O Olímpico não irá se esquecer das homenagens prestadas a ele, ele pode não ter coração, mas vida com certeza tem, a final, a vida foi lhe dada pelos milhares de corações batendo por ele.
Antes do jogo o Tcheco já havia afirmado: -Todos me perguntam qual foi o jogo inesquecível pra você Tcheco? O jogo inesquecível ainda estar por vim, domingo às 17 horas, vai ser inesquecível. O sorriso que estampava seu rosto mostra como aquilo era verdade, ao terminar a partida, infelizmente o resultado não foi o merecido, quando as redes eram tiradas das goteiras e as lágrimas escorriam no rosto dos torcedores, o Tcheco continuava lá, observando tudo, ao seu lado uma torcedora chorava, a foto a baixo resume tudo isso e sua descrição vou deixar para ele próprio fazer: - Muita coisa nessa foto; passando um filme na minha cabeça , meu filho sentado do lado esquerdo vivenciando um momento épico, com o sol se escondendo atrás do Estádio Olímpico Monumental,pela ultima vez com minha presença dentro do estádio assistindo a emoção dos torcedores. Como a torcedora do meu lado chorando, não tem como as lagrimas não vim. Como meu pai sempre diz: tem certas coisas na vida que não tem preço.
Não tem preço nenhum mesmo, gestos assim e palavras assim que deixam o Tcheco num outro patamar, o Olímpico jamais vai esquecer de ti, das tuas comemorações, da tua disponibilidade e da tua liderança, hoje nós estamos saindo dele mas ele jamais vai sair de nós. Fico realizada de poder ter visto o Tcheco jogar dentro do Monumental e ter feito parte de sua vida aqui. Que as portas de nossa casa estejam sempre abertas para ele e outros ídolos também, pois aqui são valorizados, cada um é parte não só do Olímpico, mas de toda nossa história, temos muito orgulho de vocês. Agora em diante o Olímpico, nosso velho companheiro deixará de existir para passar a ser a estrela mais brilhante do céu e a lembrança que permaneceu viva, pois recebeu o nome de Monumental, Olímpico Monumental.