Em 2003, aos oito anos o pequeno Guilherme viu pela primeira vez em seu Coritiba, um certo camisa 7, não muito conhecido mas que aos pouco foi mostrando porque estava ali. O interesse do garoto pelo futebol foi crescendo quando veio o título invicto do Paranaense e a classificação a Libertadores. A “maquina de 2003” como ele define o primeiro time que viu jogar tinha o destaque do Tcheco, os lançamentos certeiros, e aquele que “era sempre o melhor em campo”, virou ídolo do time e começou a traçar marcas no menino que hoje crescido não deixa de dizer: - O Tcheco representa simplesmente meu exemplo de conduta, através de ideais e atitudes, nunca gostei de outro jogador tanto quanto eu gosto dele.
Ter uma camiseta que levasse o número 7 era a obseção, chegou até a trabalhar para juntar dinheiro e comprá-la. Correr as bancas para guardar jornais de esportes que falavam do ídolo também era rotina, recordações do passado que são guardadas até hoje com muito carinho. Entretanto quis o destino se intrometer na frente. Após receber a notícia da mãe que o ídolo iria embora as lágrimas tomaram conta de Guilherme, e do Tcheco também ao se despedir do time que o havia revelado e partir para terras longínquas da Arábia. Com o passar dos anos o Tcheco volta ao Brasil, dessa vez para defender o Grêmio, com isso uma nova simpatia de Guilherme com o time gaúcho começa a nascer, afinal a idolatria Coxa Branca por ele teve que ceder espaço para a idolatria gremista por seu mais novo camisa 10. Inclusive a admiração pelo Tcheco trouxe uma maior aproximação com o avô gremista.
Chegando pelo meio do ano de 2010, a alegria novamente tomou conta de Guilherme ao saber que seu ídolo retornaria ao Coritiba, o antigo camisa 7 que havia ganho sua admiração voltava para casa. Ali renascia um desejo jamais esquecido de conhecer ao vivo seu ídolo. Mesmo participando de eventos do clube, indo ao interior para ver o Tcheco jogar ou indo a jogos com frequência desde pequeno, alguns deles históricos como a partida que homenageou o Capitão e selou sua aposentadoria ou a partida que os classificou para a Libertadores, o Guilherme ainda não tinha tido a graça de estar frente a frente com o ele. Todavia esse dia que demorou a chegar, chegou. Domingo passado, dia 9, aconteceria a terceira edição do torneio Gols pela Vida que tem por objetivo ajudar o Hospital Pequeno Príncipe. O Tcheco é um dos padrinhos do projeto e ia fazer parte do Jogo das Estrelas disputado no Couto Pereira. Seria a chance perfeita para o Guilherme enfim realizar seu sonho. Contudo o evento seria fechado para o público, só era possível estar presente mediante apresentação da pulseirinha, como forma de convite fornecido pelos patrocinadores.
A essa etapa eu já tinha feito amizade com o Guilherme, conhecido sua história, já tinha sentido que a importância que o Tcheco tinha pra ele era mesma que a minha, inclusive até tinha sido presenteada com uma bela camiseta do Coritiba estampando o nome do ídolo em comum as costas. Decidi agir, entrei em contato com a organização do evento e para minha surpresa tive uma resposta maravilhosa, gentilmente garantiram ao Guilherme a pulseirinha para ver o jogo e a certeza que o levariam conhecer o Tcheco. A minha realização estava feita, fui simultaneamente tomada por uma onde de alegria. Sei da importância que tem tu conhecer o ídolo que tanto admira, ainda mais se a espera é grande. Ao ler a resposta do pessoal me veio o dia que isso aconteceu comigo, quando também tive a ajuda para conhecê-lo, são pessoas até então desconhecidas mas que a partir da li você passa a guardá-las com carinho no coração. Era o Guilherme que iria conhecer o Tcheco, mas a alegria com toda a certeza era grande parte minha. O dia tão esperado chegou, depois de quase 10 anos de espera o sonho iria se realizar. Sentado nas cadeiras do Couto que Guilherme viu o Tcheco emergindo no campo ao mesmo que tempo que recebia um recado da organização para descer e ir ao encontro do ídolo. Recebido com um carinhoso: “Eai Gui!”, veio o abraço, o autógrafo na camiseta que trazia o nome do Tcheco e as fotos. Preciosos momentos se passavam como a conversa que fluía: - Falamos mil coisas,eu falei que nunca havia gostado de ninguém como jogador como eu gosto dele e falei do Paranavaí ,da decisão de 2003,de como eu comecei a torcer pro Coxa por conta dele Depois de horas de trabalho em um vídeo mostrando os melhores momentos da carreira do Capitão, ele pode chegar as suas mãos e foi recebido com entusiasmo pelo que Tcheco brincando ameaçou cancelar a participação no jogo porque estava ansioso para assistir o que continha no presente.
Até ali a emoção já estava grande, ganhou até mais alguns momentos para conversar com Tcheco quando este foi substituído. Mas o dia reservava ainda mais, a espera de tantos anos ia valer ainda mais a pena. O Capitão voltou a jogar e no fim da partida, quando os torcedores se amontoavam próximo ao campo para acenar para o ex jogador, ele veio até o Guilherme, agradeceu pelo vídeo, garantiu que iria assistir, tirou a camiseta do evento que usava e entregou nas mãos do fã que custava acreditar que aquilo era mesmo verdade. Coincidência ou não, a camiseta trazia o número 7 as costas, o numero com que o Tcheco ficou marcado para o Guilherme, o mesmo numero que estava na sua camiseta do autógrafo. Quem sabe, quis o destino colocá-la ali especialmente para ele.
O dia já terminou, mas com toda a certeza as lembranças permanecem viva, são momentos que ninguém vai tirar dele, não tem dinheiro que compra, tragédia que destrua, a persistência e a dedicação ao ídolo valeu a pena, muito a pena ainda mais para conhecer uma personalidade tão especial como é o Tcheco: -Foi um dos melhores dias da minha vida, a gente nunca sabe aonde a vida vai nos levar! Eu o achei simplesmente incrível, desde a hora que passei pelo portão que dava acesso ao gramado ate quando dei um abraço nele e disse o quanto ele representa pra mim São momentos e sensações que parecem simples, contudo é impossivel medir o quanto elas significam, uma palavra, um gesto, um sorriso, tudo tão especial. O que foi vivido não se apaga mais, aqui uma frase clichê mas é impossível não mencioná-la, foram momentos que não duraram para sempre mas duraram o tempo necessário para serem inesquecíveis. O Guilheme se sentiu assim e foi como eu me senti. O Tcheco é uma pessoa fantástica, com um grande coração, difiicl um ídolo como ele, mescla o profissional empenhado com uma personalidade extremamente carismática. Fica meu agradecimento a ele, pela forma como tratou o Guilherme, pela atenção que deu a ele e por mostrar novamente que ele é o melhor ídolo que um fã pode ter.
Gostaria de agradecer também ao pessoal do Gols pela Vida por terem atendido meu pedido, recebido o Guilherme de braços abertos e feito parte dessa história tão bonita. Também parabenizá-los juntamente com o Tcheco por estarem envolvidos nessas causas sociais, realmente o Mundo precisa mais de pessoas e gestos assim. Eu fico muito grata de poder ter ajudado, foi uma honra pra mim, uma sensação única. É muito bom saber que o Tcheco além ser uma pessoa que admiro coloca mesmo sem querer amigos novos na minha vida. Que pela frente caminhos incriveis ainda estejam por vir, a final se trando deTcheco só se pode esperar coisas boas e inesquecíveis.
Abaixo está o vídeo entregue pelo Guilherme ao Tcheco, ele faz uma retomada de toda carreira do Tcheco, com gols desde a época do futsal, até os mais recentes e marcantes. O curta da vida do Capitão está divido em três partes, não percam a chance de assistir e se emocionar.
PARTE 1
PARTE 2
PARTE 3